36º Encontro de
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"Novas e antigas práticas encontrando-se com a
comunidade e sua criatividade em Educação Química" 14 e 15 de outubro de 2016, Pelotas, RS |
Estrutura do Evento e Atividades
Mini Curso 4 - Analisando parâmetros físico-químicos de amostras de corpos d'água como ferramenta didática para a abordagem da relação Química e Meio Ambiente.
O objetivo do minicurso é expor as possibilidades do uso de parâmetros físico-químicos (pH, temperatura, cor, turbidez e oxigênio dissolvido) de amostras de água de algum corpo d'água local para a abordagem de temas do ensino de Química. Para a análise do pH são utilizados indicadores naturais, como os extratos da casca do feijão-preto, das folhas do repolho roxo ou das pétalas da quaresmeira ou hibisco, por exemplo. A temperatura no ponto da coleta (do ar e da água) é determinada com um termômetro caseiro, facilmente encontrado em lojas populares de artigos domésticos. A turbidez é avaliada através do disco de Secchi, de fácil construção com materiais alternativos. E a determinação do oxigênio dissolvido é feita com a reação deste com palha de aço em uma garrafa plástica tipo PET. Com estes parâmetros, possibilita-se abordar uma série de assuntos dentro do currículo formal da disciplina de Química. Dentre eles, pode-se citar a identificação qualitativa e quantitativa de reações químicas, caráter ácido/básico e solubilidade, além de relacioná-los com temas de Meio Ambiente, como a poluição e preservação dos recursos hídricos e conscientização social para proteção do ecossistema. A metodologia aborda a escolha dos pontos de coleta de amostras, o levantamento de informações do corpo d'água local (história, localização, situação atual de saneabilidade), o planejamento das saídas de campo e a análise das amostras. Por fim, para dar significado às ações experimentais, segue a interpretação dos resultados alcançados, com relação aos conteúdos da disciplina de Química e também do ponto de vista dos impactos ambientais. Desta forma, pretende-se apresentar uma proposta pedagógica que tenha também um viés multidisciplinar, apoiando-se em materiais de baixo custo, os quais, em sua maioria, podem ser encontrados em sucatas e materiais domésticos e que a prática seja de fácil execução, independente de local próprio (laboratório) ou outro espaço escolar.